Gerente justifica: “Pagamos quase meio milhão por mês para operar as linhas”


Doze linhas de micro-ônibus que auxiliavam no transporte coletivo de Cuiabá deixarão de circular, atendendo a notificação da Justiça. O pedido foi feito pelas empresas que detém a concessão do transporte, que classificaram como “desleal” a circulação dos veículos. A decisão do juiz Marcio Aparecido Guedes, da 2ª Vara Especializada em Fazenda Pública de Cuiabá, foi publicada nesta semana.

O gerente institucional da Pantanal Transportes, Marcos Braga, concedeu entrevista à Rádio Capital nesta sexta-feira (1), e manifestou que a circulação dos micro-ônibus é uma “concorrência desleal”, já que a empresa não tem concessão para operar nas linhas.

“As três empresas (Pantanal, Integração e Norte Sul) têm contrato de concessão. Paga-se outorga de quase meio milhão por mês para operar as linhas e é um sistema que vem com essa batalha com os micros há muito tempo. Nós temos a concessão e pagamos para a prefeitura”, explicou.

Conforme o gerente, as linhas que tiverem os carros retirados não ficarão prejudicadas, já que as empresas se comprometeram a incluir nova frota de ônibus nos itinerários. De acordo com a decisão, serão encerradas 12 das 25 linhas, que atendem cerca de 25 mil usuários do transporte coletivo.

Por meio da imprensa, em matéria veiculada, o Sindicato das Empresas de Transporte Público Alternativo (Seta) manifestou que a decisão apenas atrapalha a sociedade, que tem nos micro-ônibus um meio a mais de locomoção, e ressaltou que o trabalho existe, na Capital, há 27 anos.

“Mais do que a retirada dos micros das ruas, a população é quem é a principal atingida por esta sentença. É bom lembrar também que o transporte alternativo está há 27 anos em circulação na capital, enquanto os ônibus foram licitados há pouco mais de 10 anos”, criticou o presidente do Seta, Marco Aurélio Sales.

A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) informou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda não foi formalmente notificada sobre a decisão judicial e, portanto, ainda não há data para a paralisação na atividade dos micro-ônibus.


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