Auditoria determinada por Taques deu início as apurações contra Silval, diz Juíza.
Em entrevista ao "O GLOBO" Juíza Selma Arruda diz: "É só a ponta do icerberg".
A Juíza lembrou que promotores ativos e Auditoria em contratos determinados pelo atual Governador Pedro Taques em seu primeiro dia de Governo, foram fundamentais para que se desvendassem os roubos milionários cometidos no Governo Silval Barbosa.
Responsável pelo julgamento das ações penais que têm como réu o ex-governador Silval Barbosa na Justiça de Mato Grosso, a juíza Selma Rosane Arruda ganhou o apelido de “Sérgio Moro de saia".
Veja Trechos
Silval Barbosa não cumprirá, se condenado, nenhum dia de regime fechado. Foi um acordo justo?
- Não é justa nem a dosagem da prisão muito menos o ressarcimento (de cerca de R$ 80 milhões em recursos desviados) que ele está fazendo.
A senhora foi surpreendida com a dimensão do esquema de corrupção?
- Tenho a convicção de que o que sabemos é só a ponta de um iceberg, por mais que a gente fique escandalizada com esses vídeos (flagrante de pagamento de propina a deputados e prefeitos).
Há a possibilidade de o esquema ser antigo. Por que só agora as investigações tiveram êxito?
- Foi uma conjunção de fatores. Primeiro, temos promotores ativos. Segundo, o governador eleito (Pedro Taques, PSDB) determinou auditorias em contratos. Por meio delas, apareceram os primeiros fios que foram sendo puxados. Mas eles foram muito descuidados. Parece que não trabalhavam nem cinco minutos por dia para o estado. Era só fazendo fraudes. Isso acabou facilitando a investigação.
Sua atuação nesse caso lhe deu o apelido de Sérgio Moro de saia. Gostou dele?
- Eu não concordo. Até já brinquei, por uma questão de gênero, que ele (Sergio Moro) é que é a Selma Rosane de calça. (S.A.)
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