Moeda "Real" completa hoje (1º de Julho) 23 anos

DECORE ESSES NÚMEROS:

A moeda que saiu de circulação, (Cruzeiro) havia acumulado em 3 décadas, (de julho de 1965 a junho de 1994), uma inflação de 1,1 quatrilhão por cento. Ou seja: Inflação de 16 dígitos, precisamente, um IGP-DI de 1.142.332.741.811.850%


Há 23 anos, em 1º de Julho de 1994, o Brasil conhecia a moeda do Real: cada R$1,00 valia CR$2 750,00. O Plano de Estabilização foi iniciado em 27 de fevereiro, com a publicação da Medida Provisória 434, que instituiu a Unidade Real de Valor (URV). Em junho de 1994, a inflação MENSAL bateu em 46,58%. Tempos difíceis. Superados pelo Plano Real.


Na época, Ciro Gomes havia sido ministro por pouco mais de três meses, a após a transição da URV para o Real, sucedendo Rubens Ricupero e devido a sua verborragia destemperada, Ciro mais atrapalhou que ajudou. O plano foi feito pelos brilhantes Fernando Henrique Cardoso, André Lara Resende, Edmar Bacha, Pérsio Arida, com gigantescas contribuições de Gustavo Franco, Rubens Ricupero, Pedro Malan, Gustavo Loyola, Arminio Fraga, sendo que toda a coordenação foi de FHC. Reescrever a história é fácil. Porém em uma busca aos livros, as reportagens da época e aos decretos, as MPs, as leis vc descobre a verdade que é bem diferente das narrativas petistas.



O Plano Real foi um programa brasileiro com o objetivo de estabilização e reformas econômicas, iniciado em 27 de fevereiro de 1994 com a publicação da medida provisória número 434. Tal medida provisória instituiu a Unidade Real de Valor (URV), estabeleceu regras de conversão e uso de valores monetários, iniciou a desindexação da economia, e determinou o lançamento de uma nova moeda, o real.

O programa foi a mais ampla medida econômica já realizada no Brasil e tinha como objetivo principal o controle da hiperinflação que assolava o país. Utilizou-se de diversos instrumentos econômicos e políticos para a redução da inflação que chegou a 46,58% ao mês em junho de 1994, época do lançamento da nova moeda. A idealização do projeto, a elaboração das medidas do governo e a execução das reformas econômica e monetária contaram com a contribuição de vários economistas, reunidos pelo então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.

O presidente Itamar Franco autorizou que os trabalhos se dessem de maneira irrestrita e na máxima extensão necessária para o êxito do plano, o que tornou o Ministro da Fazenda no homem mais forte e poderoso de seu governo, e no seu candidato natural à sua sucessão. Assim, Fernando Henrique, que estivera à frente do Ministério entre maio de 1993 e março de 1994, elegeu-se Presidente do Brasil em outubro do mesmo ano. 

O Plano Real mostrou-se nos meses e anos seguintes o plano de estabilização econômica mais eficaz da história, reduzindo a inflação (objetivo principal), ampliando o poder de compra da população, e remodelando os setores econômicos nacionais.

"Aqui jaz a moeda que acumulou, de julho de 1965 a junho de 1994, uma inflação de 1,1 quatrilhão por cento. Sim, inflação de 16 dígitos, em três décadas. Ou precisamente, um IGP-DI de 1.142.332.741.811.850%. Dá para decorar? Perdemos a noção disso porque realizamos quatro reformas monetárias no período e em cada uma delas deletamos três dígitos da moeda nacional. Um descarte de 12 dígitos no período. Caso único no mundo, desde a hiperinflação alemã dos anos 1920", nota do Ministério da Fazenda na época.


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