Governo investiga se servidores fraudaram sistema de protocolo

Ao que se vê, houve uma tramoia maligna, articulada para prejudicar Pedro Taques. 

Secretário de Comunicação do estado de MT, Kleber Lima

Auditoria objetiva apurar denúncia de fraude a partir de um suposto ofício protocolado na Casa Civil

O Governo do Estado vai abrir um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar as responsabilidades de servidores públicos sobre alterações nos dados do sistema de protocolo do Estado. O caso diz respeito à denúncia feita pelo ex-secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, sobre a existência de um esquema de grampos ilegais no âmbito da Polícia Militar.

Segundo o secretário de Comunicação, Kleber Lima, as desconformidades foram constatadas por uma auditoria realizada pela Controladoria Geral do Estado, a pedido da Casa Civil, por ordem do governador Pedro Taques, que também determinou outra investigação sobre o protocolo pela Secretaria de Estado de Segurança Pública.

A auditoria 27/2017 teve como objetivo apurar uma denúncia de fraude no sistema a partir de um suposto ofício que teria sido protocolado na Casa Civil.

O ofício teria sido encaminhado pelo então secretário de Segurança Pública ao Gabinete de Governo, gerando um processo, cujo protocolo seria o de número 542635/2015.

No entanto, no sistema de protocolo, sob este número e com a mesma data, consta como cadastrado um documento da Câmara de Vereadores de Juara (670 km a Médio-Norte de Cuiabá), tendo como destinatária a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística.

O secretário de Comunicação lembrou que essa divergência entre os dois protocolos veio à tona após uma denúncia encaminhada pelo então secretário de Segurança, Mauro Zaque.

A auditoria da CGE constatou, entretanto, que os documentos protocolados não chegaram ao conhecimento do governador Pedro Taques.

Os auditores da CGE constataram ainda que servidores lotados no sistema de protocolo da Casa Civil alteraram os dados do protocolo.

As mudanças promovidas ocorreram no número do ofício original, no órgão que o encaminhou, na parte interessada e no tipo de processo.

Com base na auditoria, a CGE recomendou a apuração de responsabilidade dos servidores e a realização de uma auditoria no sistema geral de protocolos para identificar possíveis vulnerabilidades.

No pedido de abertura do PAD, o secretário da Casa Civil, José Adolpho Vieira, pede ainda para se apurar o destino dos documentos que foram supostamente extraviados.

Kleber Lima também informou que o resultado da auditoria já foi encaminhado pelo Governo do Estado ao Ministério Público Estadual.

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