Para garantir R$ 250 milhões na saúde de MT, Botelho faz articulação interinstitucional
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho, afirma que todos os chefes do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Ministério Público concordaram em contribuir com parte dos recursos recebidos pelo Fundo de Transporte e Habitação (Fethab) Diesel para solucionar, emergencialmente, a crise na saúde pública. Com esses recursos e 50% do Fethab Commodities, Botelho acredita ser possível conseguir R$ 250 milhões e resolver a situação sem retirar dinheiro dos municípios.
“Entendemos que os municípios não têm como contribuir. Estamos fazendo esse trabalho de conversar com todos. Já conversamos com os Poderes. Hoje, por último, conversei com Rui Ramos [presidente do TJMT], e todos estão dispostos a contribuir. Estamos propondo que seja retirado do um percentual do Fethab Diesel dos Poderes, precisa tirar 100% do Fethab Diesel do Governo e que seja retirado 50% do Fethab das Commodities para saúde. Isso daria entre R$ 250 milhões, R$ 260 milhões, que resolveria o emergencial”, afirmou o deputado Eduardo Botelho, no fim da tarde de terça-feira (30).
Segundo ele, há grande resistência do setor do agronegócio na utilização do Fethab Commodities, que é o utilizado pelo Governo do Estado para investir em asfaltamento e recuperação de rodovias, além de construção de pontes. O próprio vice-governador Carlos Fávaro (PSD), ex-presidente de Aprosoja, anunciou publicamente ser contra essa solução. Contudo, essa tem se mostrado a saída “menos traumática” ao Governo.
“Por exemplo, eu tenho uma casa com um quarto que dois filhos dividem e tenho um dinheiro guardado para ampliar, construir um quarto novo. Mas aí um dos filhos adoece. O que eu faço? Um quarto novo, amplio a casa ou vou cuidar da saúde do meu filho? O filho está doente. O Estado precisa socorrer a saúde”, explicou Botelho, através de uma metáfora.
Caso essa proposta seja acatada pelo grupo de trabalho a ser criado para discutir a situação, o qual será composto por seis deputados, seis prefeitos e a equipe econômica do Governo, um projeto de lei precisará ser enviada para a Assembleia Legislativa para alterar a legislação de Fethab.
Olhar Direto
Nenhum comentário